José Maria, de 55 anos, não tem uma rotina certa para seguir. Para ele o melhor horário para recolher a reciclagem é na madrugada, pois é mais tranqüilo e não tem tanta concorrência. Todos os dias ele sai com seu carro, que tem o apelido de “meia noite”, para começar a coleta. O carro ganhou essa denominação numa roda de conversa com os amigos do seu Zé, como é chamado popularmente, já que só sai à noite.

Desde sempre foi um homem batalhador e antes de se mudar para Mirandópolis, morou e trabalhou numa fazenda em Mato Grosso como capataz. E por muito tempo morou em outros Estados do Brasil, principalmente no Rio Grande do Sul, mais não se adaptou na cidade por causa do clima e decidiu se mudar para o interior de São Paulo. Já em Mirandópolis, começou a trabalhar no lixão, onde passou mais de seis anos. Depois de um bom tempo tornou-se responsável pela reciclagem na Cooperativa Global de Reciclagem”, onde foram mais dez anos; em seguida, começou a trabalhar por conta própria.
“Os catadores ainda não são valorizado, por isso que as prefeituras, governos, precisam apoiar mais os catadores, incentivar a sociedade fazer separação de material reciclável de forma correta. E mesmo assim é um emprego digno, para a sociedade respeitar”, diz José.
O papel do catador é fundamental para diminuir números de resíduos, atuando de forma mais produtiva, como atividades de coleta seletiva, classificação de materiais. Tem um significado importante para a cadeia de reciclagem, essencial para diminuir números de materiais descartáveis domésticos coletados pelos municípios.

A importância da reciclagem é a diminuição de gastos de energias, podendo ter aspectos econômicos, tendo uma sociedade mais sustentável e estimulando de formas corretas para reaproveitar os insumos, para melhoria do meio ambiente.
Texto por Tatiane Ramos, estudante do 4º semestre de Jornalismo.